Domingo à noite na TV aberta é um atentado contra a inteligência do telespectador. Tentei ver o Fantástico e, mais uma vez, não consegui. É sórdido demais o que a mídia faz com uma tragédia, criando um verdadeiro espetáculo diante de uma dor. O caso da menina Isabella continua sendo a sensação midiática. Nada de novo no front. Só a intensidade da comoção, completamente, descontextualizada. Isso não me interessa. O que me interessa, hoje, é saber sobre as eleições no Paraguai, país-irmão que teve seu futuro massacrado pela Tríplice Aliança, a serviço dos interesses britânicos, numa guerra insana e injusta (aliás, não existe guerra justa). O Brasil deve muito ao povo paraguaio.
Talvez você não saiba: daqui a seis dias, 20 de abril, o povo paraguaio vai escolher o seu novo presidente da República. Parece que ventos de mudança também passam por lá. Pela primeira vez em mais de 60 anos, o Partido Colorado, no poder desde o início da ditadura militar em 1954, quando o general Alfredo Stroessner deu um golpe de Estado e assumiu a presidência, pode deixar o poder. Pesquisas de opinião apontam a vitória do ex-bispo Fernando Lugo, candidato da Aliança Patriótica para a Mudança, amplíssima coalizão de centro-esquerda, que abriga de comunistas ao tradicional Partido Liberal Radical Autêntico, agremiação formada por setores nacionalistas. Lugo está na frente da candidata do partido governista, Blanca Ovelar, e já anuncia o seu compromisso com mudanças importantes, como a realização da reforma agrária e com a revisão do Tratado de Itaipu, uma revisão absolutamente necessária, uma vez que o valor pago pelo Brasil oscila de U$S 22 a U$ 44 o KwH. A média de preços da energia hidrelétrica no mercado brasileiro passa dos U$S 80 o KwH.
Fraude - O grande temor nas eleições paraguaias é a fraude. E, pelo visto,somente ela impediria a vitória de Lugo. O temor se justifica. Praticamente, tudo no Paraguai é controlado pelo Partido Colorado: Executivo, Legislativo e Judiciário. Dizem que por lá ninguém consegue emprego ou acesso a qualquer serviço público se não apresentar sua ficha de filiação no partido. Eleições limpas no Paraguai me interessam. Ainda sou daquelas que canta Paralamas :“E mesmo que pareça tolo. E sem sentido. Eu ainda brigo por sonhos. Eu ainda brigo.” E uma América Latima livre, igualitária e hermana me interessa muito. É que “Mato Grosso espera esquecer quisera o som dos fuzis.Se não fosse a guerra quem sabe hoje era um outro país, amante das tradições de que me fiz aprendiz em mil paixões sabendo morrer feliz”.
Talvez você não saiba: daqui a seis dias, 20 de abril, o povo paraguaio vai escolher o seu novo presidente da República. Parece que ventos de mudança também passam por lá. Pela primeira vez em mais de 60 anos, o Partido Colorado, no poder desde o início da ditadura militar em 1954, quando o general Alfredo Stroessner deu um golpe de Estado e assumiu a presidência, pode deixar o poder. Pesquisas de opinião apontam a vitória do ex-bispo Fernando Lugo, candidato da Aliança Patriótica para a Mudança, amplíssima coalizão de centro-esquerda, que abriga de comunistas ao tradicional Partido Liberal Radical Autêntico, agremiação formada por setores nacionalistas. Lugo está na frente da candidata do partido governista, Blanca Ovelar, e já anuncia o seu compromisso com mudanças importantes, como a realização da reforma agrária e com a revisão do Tratado de Itaipu, uma revisão absolutamente necessária, uma vez que o valor pago pelo Brasil oscila de U$S 22 a U$ 44 o KwH. A média de preços da energia hidrelétrica no mercado brasileiro passa dos U$S 80 o KwH.
Fraude - O grande temor nas eleições paraguaias é a fraude. E, pelo visto,somente ela impediria a vitória de Lugo. O temor se justifica. Praticamente, tudo no Paraguai é controlado pelo Partido Colorado: Executivo, Legislativo e Judiciário. Dizem que por lá ninguém consegue emprego ou acesso a qualquer serviço público se não apresentar sua ficha de filiação no partido. Eleições limpas no Paraguai me interessam. Ainda sou daquelas que canta Paralamas :“E mesmo que pareça tolo. E sem sentido. Eu ainda brigo por sonhos. Eu ainda brigo.” E uma América Latima livre, igualitária e hermana me interessa muito. É que “Mato Grosso espera esquecer quisera o som dos fuzis.Se não fosse a guerra quem sabe hoje era um outro país, amante das tradições de que me fiz aprendiz em mil paixões sabendo morrer feliz”.
4 comentários:
Pois é. Os países vizinhos parecem de outro planeta. Não que as tragédias cotidians devam ser banalizadas. Mas há queter bom senso. Ou não? Boa semana, apesar das grandes tragédias - dos indios, das noticias desencontradas e das utopias perdidas. Ethel SC
É o domingão sempre é uma coisa meio esquisita. Por aqui é um silêncio sem fim. Na tv eu nã entendo nada. Mas ontem por volta das 19:30 hs teve uma reportagem de uns 15 minutos sobre a Transposição do Rio São Francisco em um jornal local. Algo parecido com o fantástico. Nós entendemos muito pouco, do alemão, mas sabemos muito bem sobre a questão. Então foi bom assistir em alemão. Deu aquela saudade...mas tudo bem. Olha eu não sabia nada sobre as eleições do Paraguai. Sempre agradeço a blogosfera por informações tão relevantes. Boa semana para você!!!
É, Ethel, a grande mídia aqui no Sul tem como norte o Norte. As questões vitais, que podem alterar o nosso destino passam invisíveis, como, por exemplo, as eleições paraguaias. Já a cor do vestido de Clinton....isso sabemos de cor e salteado.
Roseane, fico imaginando vc aí, uma outra língua, uma outra cultura, uma distância enorme...já fico com aperto no peito. Como diz Caetano, “minha pátria é minha língua”...beijos com chuva para as duas.
Bem, esse blog está fazendo uma grande discussão sobre o preconceito: mulheres, homosexuais, índios, depressivos e agora, os paraguaios. Preconceito com os paraguaios sim! Ninguém quer ser comparado com eles; não gostamos de fazer fronteira com eles; ridicularizamos a nação paraguaia constantemente, sem flar que viramos as costas pra ele. o Brasil quer cobater o imperialismo norte-americano, mas acaba fazendo o mesmo com o Paraguai.
Aqui do MS só falo uma coisa, somos mais paraguaios do que queremos, tentamo negar isso, mas temos muito desse país.
Abraços,
Luciana
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