segunda-feira, 24 de março de 2008

A Vida dos Outros: o cinema no olhar de quem atua nos palcos

Foto:
ADELIAS por J. Ravedutti
Projeto Funarte
Peça dirigida por Nill Amaral


* Por Nill Amaral


Um ministro da Alemanha Oriental ordena que o maior dramaturgo do país seja vigiado pelo serviço secreto, apesar de nada haver contra ele. Num primeiro momento, parece que estamos diante de um filme político, frio, lento e cansativo. A Vida dos Outros não é (apenas) político, não é frio, tão pouco cansativo, nada disso. O filme “é mais que um filme”. Aos poucos, se percebe que o grande trunfo do filme, está na narrativa, poderia se dizer “fria”, lenta, com cores que revelam as camadas de cada frase dita e burilada pelo diretor, mérito dele, com certeza. Na realidade, o cineasta utiliza os primeiros minutos da ação para jogar o espectador no sombrio mundo da ausência total de liberdade. Tudo é escuro, mecânico, quase sem sentimentos. Deste universo cinzento e metálico, emerge a depressiva figura do capitão Gerd, agente especial da polícia secreta da Alemanha Oriental que tem como única finalidade servir cegamente ao seu totalitário país. Seu rosto é impassível, sua fala é monocórdica, seu apartamento é de uma tristeza estéril. Gerd desafoga as tensões contratando uma prostituta tão mecânica e friamente profissional quanto ele. Do outro lado da vida, está Georg, um homem das artes, diretor de teatro apaixonado pela namorada Christa , que tem a rara habilidade de se equilibrar habilmente entre a liberdade dos palcos e a opressão da ditadura. O que une estes homens tão diferentes e de nomes tão parecidos é um punhado de escutas clandestinas instaladas no apartamento de Georg. Quanto mais Gerd ouve e percebe a vida de Georg, mais ele mergulha num inesperado mar de sensações antes impensadas. Georg age como instrumento modificador de Gerd, mesmo sem ter a mínima consciência disso. Os fios que unem microfones e fones de ouvido desta escuta tão vil acabam funcionando com um cordão umbilical entre os personagens.
A pergunta que fiz ao sair do cinema será que o personagem foi se transformando a partir da leitura de um poema de Brecht? Eu mesmo respondi, sim, sim, foi essa a transformação visilmente estampada na trajetória desse personagem.




* Nill Amaral é ator, dramaturgo e diretor de teatro. Atuou nos palcos do Rio de Janeiro e São Paulo. Em Campo Grande dirigiu Adélia, um projeto desenvolvido no Presídio Feminino, e No Gosto Doce e Amargo das Coisas de Que Somos Feitos, com base na Obra de Clarice Lispector.

15 comentários:

Maria-Sem-Vergonha do Cerrado disse...

Nill, querido, é tão bom vê-lo aqui no Maria-sem-vergonha. Você que é do mundo das artes, dos sonhos, que vai fundo levando para os palcos a expressão da vida em toda a sua dimensão humana, com todas as dores e delícias. Você que bebe na fonte dos clássicos, mas também dos excluídos, daqueles e daquelas que a sociedade capitalista descartou e com esses e essas reconstrói caminhos, como o projeto desenvolvido no Presídio Feminino. Você que foi buscar na obra de Clarice todos os sentidos e complexidade da existência humana, os desejos escancarados e outros sufocados, a fome de experimentar os vôos da liberdade.
Você que faz da arte uma poesia em palavras, gestos e corpos...
Ontem, tentei ver o filme A vida dos Outros. Cheguei no Cine Cultura às 17 horas, mas ele tinham mudado o horário para ás 16h40...Fui ao cinemark ver Antes de Partir...valeu a pena. Escreverei mais tarde sobre isso. beijos alegres. Hoje, sem tristeza.

Augusto Araújo disse...

ahn, voltamos ao nosso enfoque, nao tinha visto este ultimo post

Nanci, assim era a vida na alemanha oriental, paises comunistas diversos e ...Cuba!!!

O governo totalitario tenta manter o controle da vida das pessoas, nao há liberdade

1984 de Orwell é perfeito pra ilustrar este filme q nao assisti mas q ja havia lido a sinopse

nao sei qual atual governante do leste europeu q veio ao Brasil e disse "Vcs nao sabem o q é ditadura"

Os comunistas foram muito mais ferozes na sua manutençao pelo poder, piores até q os fascistas.

A caça as bruxas de McCarthy entao foi refresco, nem se compara

Gramsci escreveu seus cadernos do carcere na prisao italiana. Os intelectuais dissidentes da URSS foram todos mortos.

Vou sugerir mais dois filmes da linha aqui:

Adeus, Lênin!
Cidade Perdida (Lost City)

Maria-Sem-Vergonha do Cerrado disse...

Augusto, já vi esses dois filmes e são bons. O que vc se nega a entender, Augusto, é que, para mim, socialismo e liberdade são indissociáveis...Não tenho como exemplo a ser seguido o socialismo real, embora tenha consciência de que nem tudo o que foi implantado deva ser jogado na lata do lixo da história. Lembre-se, meu caro, que regimes ditatoriais não começaram com Stalin. A própria história da expansão do capitalismo é marcada pelo autoritarismo. Não se esqueça da história da nossa América Latina, que foi colonizada pela cruz e pela espada, mantendo por cerca de 300 anos a escravidão dos negros. Quer fato mais vergonhoso na história de um país e de um povo do que a escravidão, que trata um ser humano como coisa, como mercadoria, e, ainda, lança sobre esses corpos a força bruta do açoite.

Augusto Araújo disse...

Nanci, 2 adventos q talvez vc nao perceba

O surgimento da burguesia foi determinante para minar o feudalismo, onde nao havia mobilidade social, diferente do q se observa hoje

O capitalismo tb minou o escravagismo. Os teóricos liberais foram grande apoiadores do fim da escravidão.

Derrubou-se a escravidão clássica no século 19 e no século 20, com Reagan e Tatcher retomando os ensinamentos liberais e dinamizando a guerra fria os ventos da liberdade puderam soprar no leste europeu

mude o nome do capitalismo de livre-mercado q temos em alguns países hoje, para capitalismo social e democrático, pronto

Maria-Sem-Vergonha do Cerrado disse...

Augusto, concordo com você: o capitalismo desenvolveu as forças produtivas, as tecnologias, a forma dos humanos dominarem a natureza e de se relacionarem. Vale lembrar a lição do velho Marx: quanto mais avançado o capitalismo, mais teremos as condições objetivas de fazer a socialização dos meios de produção e das riquezas....uau...

kartoigres disse...

"Gostei muito da análise do Nill,não assisti o filme,mas posso compreender essa sensação de sobriedade e solidão que os paise do leste europeu impunha ao seu povo.Uma coisa que me pertubava muito,quando morei em um bairro periférico da antiga Berlin oriental,era o medo dos alemães mais idosos do oste( da parte comunista,mesmo depois da queda do muro) de irem para o lado que no passado era ocidental,tamanha foi a força da repressao sobre eles.Tinham medo do desconhecido...méras crianças idosas que de fato, numca cinheceram a liberdade."

mariodoraci disse...

Vende-se arte. A arte sempre teve um preço. O cinema, os quadros, as pinturas, as exposiçoes plasticas, a musica, a dança e o teatro. Assim vive a humanidade depois que o mundo é feito de gente. A arte nos enriquece, nos emociona fazendo rir ou chorar, nos passa algo sensivel e amavel. Aprendemos com ela. O cinema…por falar em cinema, os irmaos Auguste e Louis Lumière (1862-1954/1864-1948) descobriram esta maginifica forma de entrar no imaginario humano com sensaçoes de aventura, de amor e de humor pra recontar episodios da vida dos outros e do cotidiano. La vie des autres (A vida dos outros). Este filme que mostra a forma de interrogar de uma escola dos alemaes que impuseram o nazismo pra conter o socialismo na Alemanha. O filme pega um caso particular do contrôle da vida alheia. E mais ou menos o mesmo método utiizado pela KGB na ex-URSS, pelo Chile com o DIVA (Departamento de invetigaçoes da vida alheia) ou o SNI brasileiro que todos conhecem en passant, mas nao sabem do que eles eram capazes. Na França ha judeus pra todo quanto é canto, no parlamento, no mundo literario e principalmente nos negocios…eles sao os pais do capitalismo atual. Na Europa, apesar de 60 anos depois, a historia do holocauto esta presente, presente na imprensa, na vida dos descendentes e dos que conseguiram escapar andando somente de noite durante varios dias pra alcançar a fronteira de paises vizinhos. Ha quatro anos o ministério dos transportes, ainda na era Jacques Chirac, quis inovar com uma exposiçao na avenida mais bela do mundo, o Champs Elysées, com os trens. Logico, o TGV, as primeiras maquinas, o avanço de tudo que diz respeito ao progresso nesta area…mas como nao podia deixar de faltar, um dos trens de carga que serviu pra enviar crianças, mulheres e familias inteiras para Auschwitz, Sobibor, Birkenau, Monowitz, também estava la…Aquele trem, se falasse, poderia contar quantas centenas de milhares de pessoas carregou pra camara de gaz com promessas alemãs de irem ao leste pra trabalhar…

Entrada principal do principal campo de Auschwitz porque havia três Auschwitz. Entrada do inferno ou sala de espera do céu.
O cinema francês ajuda a manter viva esta historia tambem porque os judeus de hoje financiam qualquer projeto sério neste sentido, embora este filme tenha sido produzido por alemães. A comunidade internacional se comoveu a favor dos judeus, da pilhagem de seus bens, da falta de uma patria, de um chao, de uma terra. E o Estado de Israel foi criado...mas nem tudo é luz na cidade lumière, nem tudo resplande e brilha na moral dos homens. Hoje ha um conflito entre os palestinos e o poder politico e militar de Israel. Todos se comovem por Israel, talvez porque eles foram vitimas de um genocidio, porque é a Patria citada por Jésus que também era judeu e foi morto por um complô dos judeus. A vida dos outros, daqueles que vivem na cijordania, na faixa de Gaza, também é importante, mas a eles nao se da a minima. Enfim, cinema, arte e politica, por mais que queiram se manter desligadas, estao unidas pelo cordão financeiro do capital e da historia.

Augusto Araújo disse...

"Este filme que mostra a forma de interrogar de uma escola dos alemaes que impuseram o nazismo pra conter o socialismo na Alemanha."

Só uma correçao Guevara. O nazismo nao foi imposto. E se foi usado para conter algo, foi para conter o comunismo, certo?

Aliás vc sabe de onde vem a palavra "nazismo"?

Ela é uma corruptela de "Nacional-Socialismo"

O partido de Hitler se chamava Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães

Eu nao sei pq cargas dagua empecharam a alcunha de extrema-direita nos nazistas. Eles eram coletivistas e totalitaristas, avessos ao livre-mercado e ao capitalismo.

Pena eu nao ter os links agora. Hitler e Goebbels exaltavam Marx e condenavam o liberalismo.

Comunismo e nazismo sao primo-irmãos. Houve um choque totalitario entre eles.

Acho q vou ter q montar um curso:
"Saindo da Matrix"

to cansado de me deparar com as mesmas desinformaçoes

se um colega meu se animar acho q dá pé

Maria-Sem-Vergonha do Cerrado disse...

Augusto, acabei de postar o texto do Mario (guevara) na página da Maria-sem-vergonha. A intenção do Mario foi contextualizar o cinema enquanto arte na história e na política. Mas vc não quis entender assim por causa da sua arrogância intelectual, sempre se colocando como dono da verdade.

mariodoraci disse...

Hitler, o cinema e a politica
O totalitarismo descrito por Hanna Arendt é uma resposta ao poder politico alemão. Ela se encaixa na luta dos resistentes contra o regime de Hitler. Falar que socialismo é primo irmão do comunismo, nunca vi sua genealogia, mas nao é a mesma coisa. Pode haver parentesco sim, mas o socialismo se mostra mais aberto e até costura alianças com membros da direita. Historicamente, o socialismo busca suas bases ideologicas na igualdade, na partilha, na fraternidade…mas nao esqueçamos que o partido de Hitler nada tem a ver com o socialismo. O Führer se engajou no movimento nacional-socialista, depois mudou a direçao de seus planos devido ao sucesso que obteve. Hitler, falemos dele primeiro, foi um aluno ignobil, tomou bomba nas principais matérias, era desinteressado, vagal mesmo, gastou toda a herança da mãe, depois da tia, com boa vida na Austria até se instalar na Alemanha. Apaixonado pela musica de Richard Wagner. Hitler, como uma grande parte dos alemães, teve uma dificuldade enorme em relacionar-se com mulheres. Apaixonou-se pela sobrinha de primeiro grau, Geli Raubal, fez dela prisioneira até que ela « se suicidasse ». A vida dos outros, entra na politica e na vigilancia. O führer conseguiu ser aclamado pelas mulheres primeiro porque a ele pertencia um destino prodigo e tragico. En 1933 ele ganhou as eleições e foi amado pela Alemanha inteira. Goebbels era apenas um sabujo, mas por amor ao Führer matou os seis filhos antes do proprio suicidio. O antissemitismo reuniu outras correntes e forças militares.
Carlton Hayes nos explica que foi necessario a conjunção do centralismo estatico, do crescimento das massas, das crises religiosas e da democracia, e enfin, das derrotas militares pra dar inicio aos regimes sem precedentes na historia. Os regimes facista e nazista eram pra conter o socialismo sim. A união entre Franco, Mussolini e Hitler, com a igreja por tras, estava de vento em popa na europa. Mas os judeus estao virando totalitarios e a lei, antiga lei A/C, do olho por olho, dente por dente ainda vale. Nestas questões eles não querem evoluir. Ja possuem a bomba atômica e vendem a imagem de santas vitimas no oriente médio. Quando Hitler apareceu, primeiro como lider da juventude, depois como ideologo de Mein campf, acharam que ele realmente tinha alguma coisa na cabeça, algo de novo, e tinha. Esta obra, por exemplo, se resume na carga infalivel de alguém que nao erra, como na igreja catolica do papa Pio XI. Hitler quis colocar-se no lugar do Cristo e baixou o contrôle sobre A Vida dos outros, judeus, que estavam sujando o sangue ariano.
Le cristianismo positivo tentava ignorar o que se passava na Alemanha e no leste europeu, mas Pio XII tinha sido chanceler em Berlim, onde fez muitos amigos, e não podia concluir apenas com um anatema-sit dos alemães. O socialismo era melhor que o nazismo, o comunismo nunca demontrou ser melhor no mundo devido a Stalin. O pensamento catolico terminou por proteger alguns lideres seguidos de suas familias inteiras rumo ao Paraguai, a Argentina e ao Brasil. Nazismo, fascismo e comunismo sao totalitarios por evidência. Estes são os espectros do despotismo. Hitler tinha uma certa fascinação pela obra de Nietzsche, Assim falou Zaratrusta, mas desconheço sua ligação por Marx, talvez ao que concerne ser contrario ao sucesso capitalista de estrangeiros em seu pais, mas o Führer tinha gostos de luxo e gostava do estilo espartano de eliminar deficientes fisicos. Porque por Nietzsche? A idéia do super-homem, do sabio, do dominante. Marx era filho de pastor, descendente direto de judeus. Em 1945 o mestre do Reich se suicidou. E mais que o crepusculo dos deuses, é o naufragio e a longa noite do nazismo. Onde entra o cinema ? Nos jogos olimpicos de Berlim, 1936, a cineasta alemã Leni Riefenstahl fez o filme « Os deuses do estadio » pra enaltecer a gloria e superioridade dos atletas germanos. Mas Hitler abandonou a poltrona de honra pra não ter que parabenizar o negro norte-americano Jesse Owens, ganhador de 4 medalhas de ouro. O filme Os deuses do estadio era uma apologia ao nazismo. Felizmente A vida dos outros tem outra faceta.

Augusto Araújo disse...

Nanci: ???????
Fique tranquila nao vou montar nenhum curso nao

Pessoal:
Cuidado, hoje qualquer pedreiro com banda larga dá aula em universidade e vai bem na fita

“O movimento nacional-socialista [nazista] tem um só mestre: o marxismo” (Goebbels, “Kampf um Berlin”, p. 19)

“Nós somos socialistas, e inimigos mortais do atual sistema econômico capitalista”.
(Der Nationalsocialismus (nacional-socialismo), die Weltanschauung des 20 Jahrhunderts)

"Que significa ainda a propriedade e que significam as rendas? Para que precisamos nós socializar os bancos e as fábricas? Nós socializamos os homens." (Adolf Hitler, citado por Hermann Rauschning, Hitler m´a dit, Coopération, Paris 1939, pg 218-219)

Qto ao parentesco me referi enter nezismo e comuno-socialismo; socialismo e comunismo sao quase sinonimos. eh q o pessoal confunde social-democracia com solialismo. alguem sabe o q eh social-democracia?

"O Comunismo é uma ideologia e um sistema econômico que tem por objetivo a criação de uma sociedade sem classes baseada na propriedade comum dos meios de produção, com a conseqüente abolição da propriedade privada. O comunismo, cujas origens remontam às obras de Karl Marx, é normalmente considerado como parte de um mais amplo movimento socialista. Sob tal sistema, o Estado não teria necessidade de existir e seria extinto."

"A palavra comunismo apareceu pela primeira vez na imprensa em 1827, quando Robert Owen se referiu a socialistas e comunistas. Segundo ele, estes consideravam o capital comum mais benéfico do que o capital privado. As palavras socialismo e comunismo foram usadas como sinônimos durante todo o século XIX. A definição do termo comunismo é dada após a Revolução russa, no início do século XX, pois Vladimir Lenin entendia que o termo socialismo já estava desgastado e deturpado. Por sua teoria, o comunismo só seria atingido depois de uma fase de transição pelo socialismo, onde haveria ainda uma hierarquia de governo."


A ignorancia já parte dos conceitos...

Augusto Araújo disse...

"Os regimes fascista e nazista eram pra conter o socialismo sim."

Errado Guevara.

A revoluçao bolchevique se deu em 1917, o q estava se alastrando era o imperialismo soviético. Os comunistas de Stalin.

Se foi pra conter algo, - (embora nao concorde com isso. Haja visto o pacto de nao-agressao entre Hitler e Stalin e a partilha da Polonia entre ambos.) - era pra conter o COMUNISMO.

A palavra socialismo foi usada como eufemismo para as ditaduras comunistas do mundo

o q significava URSS?

Uniao da Republicas SOCIALISTAS Soviéticas

Era entao pra deter o socialismo? Talvez sim, mas o socialismo comuno-marxista

"A diferença entre um republica democratica e uma republica popular democratica é a mesma diferença entre uma camisa e uma camisa-de-força"

Ronald Reagan

Maria-Sem-Vergonha do Cerrado disse...

Augusto, o Mario te deu uma aula de história e, ainda, surpreendeu ao retratar o perfil psicopata de Hitler...Sugiro, augusto, que vc leia mais sobre a Alemanha antes do período nazista e conheça também a história de Rosa Luxemburgo. Aliás, foi Rosa que ergueu a palavra de ordem "Socialismo ou Barbárie" e ousou pensar diferente do determinismo histórico que colocava o socialismo como uma consequência da história e das condições materiais da sociedade. Ela vem e diz que não, e evidencia o papel do protagonismo dos sujeitos. Viva Rosa!
Mas voltando ao nazismo, lembro-me de Hobsbawm que demonstra que a origem dessa bárbarie está na derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial e nas condições impostas pelas nações vencedoras, o Tratado de Versalhes, que obrigou-a a pagar indenizações pesadas, fazendo crescer sua dívida externa e interna, gerando falências, inflação e desemprego. Aconquista do apoio popular desse psicopata aconteceu após a crise econômica mundial de 1929 . Ou seja, a condição econômica da alemanha foi determinante para que acontecesse a ascensão de Hitler ao poder. Sobre esse psicopata e genocida não falarei mais nada porque porque o Mario já foi fundo. Qto a tentativa de associar a origem do nazismo ao pensamento comunista, Augusto, desculpe-me, mas me nego a debater. Isso é um absurdo, é uma tentativa vil de manipular a história...

Augusto Araújo disse...

Nanci

Eu havia feito uma pequena ressalva no texto do Mario (Guevara). Ele recaiu num erro primário de nao associar socialismo e comunismo

esse é um problema com vcs. A palavra "socialismo" soa bonita, como algo do bem, coisa q no decorrer da História foi muito diferente

"O comunismo nao deu certo, mas o socialismo pode dar": É o q pensam

só q vcs nao sabem nem definir socialismo. no fim só pregam algum tipo de intervençao estatal mesmo.

quanto a associaçao do nazismo com socialismo ela é claríssima

como já disse o partido de Hitler se chamava Parido nacional-socialista dos Trabalhadores Alemães.

Vi Mein Kampf à venda do lado da Hamurabi tempos atrás. Havia um capítulo chamado: A origem do partido nacional-socialista...

se tivesse lido este capitulo poderia te esclarecer melhor. Podemos até conferir juntos, se quiser

Augusto Araújo disse...

Aliás no socialismo há a discriminação pela classe social

No nazismo pela raça

Ambos totalitários. Ambos querendo o bem da Huamnidade e deixando pilhas de cadáveres na tentativa

Mas os socialistas ganharam

mais de 100 milhoes de mortes para eles contra pouco mais de 6 milhoes para os nazistas

enquanto isso o capitalismo segue matando pessoas de colesterol alto e infartos do miocárdio, etc, é tudo culpa do capitalismo mesmo