quarta-feira, 19 de março de 2008

Um Lugar na Platéia no Cine Cultura - vale a pena você procurar o seu


Para quem gosta de cinema. Para quem tem paixão por Paris, mesmo sem conhecê-la como é o meu caso. Para quem só de ouvir os nomes de Sartre, Simone de Beauvoir, Truffaut, Depardieu, Binoche fica com os olhos brilhando, não pode deixar de escolher o seu lugar no Cine Cultura e assistir a película francesa, de Danièle Thompson, Um Lugar na Platéia. Esses ilustres seres humanos não são personagens do filme, mas são recorrentes as referências a eles, obviamente mantendo uma necessária distância, a exceção da abordagem que faz de Sartre e Beauvoir. Estes ganharam mais destaques e são mostrados de uma forma mais humana, tirando a aura de casal perfeito de intelectuais, exemplos para muitas gerações.
Um lugar na platéia não provoca cargas de adrenalina, não gera muitas gargalhadas, não faz as lágrimas descerem e nem faz a gente sair do cinema repensando profundamente a nossa existência. É um filme bonito, uma comédia-romântica, que, com bom-humor, coloca algumas questões para serem refletidas, principalmente, a dicotomia entre sucesso e felicidade, morte e vida, equilíbrio e loucura. Mas isso sem choques e sem pancadas no estômago. Tudo é muito sereno. Um certo glamour está presente na película, principalmente, no ambiente onde se desenrola a história: a Avenue Montaigne da Paris Cultural, com seus cinemas, teatros, óperas, artes plásticas e televisão. Esse glamour ganha mais luminosidade numa das poucas panorâmicas aéreas da Cidade Luz.
O filme se centra na história de Jéssica, uma jovem interiorana que cuida de sua avó que, no passado, trabalhou no luxuoso Hotel Ritz. A garota chega a Paris e consegue um emprego como garçonete num café na Avenue Montaigne, vizinho a um teatro, uma sala de concertos, uma casa de leilões e o próprio Ritz. Jéssica passa a conviver num cenário de arte e artistas. Todos os protagonistas têm em comum uma data, na qual, simultaneamente, estrearão uma peça e um concerto e será realizado um importante leilão de arte. Com sutileza, alegria e uma certa ingenuidade, a menina consegue ser mais do espectadora dos dramas desses protagonistas:um concertista em crise que deseja mudar de vida e levar a música para a população em geral, para os doentes, para os mais pobres - desejo que esbarra na vida burguesa da sua esposa; uma atriz, estrela de uma novela, que quer desesperadamente um papel no filme que vai narrar a história de Simone de Beauvoir e Sartre; um colecionador de arte que está deixando para trás o legado de uma vida e seu crítico filho incapaz de compreendê-lo; um diretor de Hollywood e outros personagens com suas ambições, egos, frustrações e desejos. A diretora constrói uma colcha de retalhos de personagens que se cruzam, interagem e descobrem outros caminhos.

Um Lugar na Platéia me fez sair do cinema melhor do que entrei. Vale a pena você encontrar o seu lugar na platéia do Cine Cultura.

Piaf - Non, Je Ne Regrette Rien

3 comentários:

Fã Clube Nando Reis disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

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Unknown disse...

nanci, quase fui assistir esse filme na segunda passada...se der certo vou amanhã.