segunda-feira, 5 de maio de 2008

Zélia Duncan tocou na epiderme da minha alma


Ela é pura energia. Contagiante. Voz forte. Inteligente, com toques feministas e nuances de Pagu. Uma mulher fantástica. Sensível. Bonita. Uma cantora que consegue tocar na epiderme da nossa alma. Zélia Duncan arrasou ontem, esquentando com seu canto a multidão que formou uma onda humana no Parque das Nações Indígenas. Eu estava lá entre as várias tribos, acompanhada da Kelly, minha parceira fiel de shows. Zélia reuniu a minha geração e também muitos jovens, meninos e meninas rebeldes, meninos e meninas serenos, rockeiros, casais de homossexuais, famílias inteiras. Os cheiros eram os mais diversos, mas o que me espantou mesmo nem foi o da marijuana, mas de um arguile que exalava morango - um grande cachimbo de origem indiana que faz parte das tradições árabes. Fiquei imaginando essa juventude bebendo na fonte dos sonhos da igualdade e anunciando outras verdades pelos muros, praças e avenidas. E é no meio da energia da juventude que canto:”E eu gosto de estar na terra, cada vez mais. Minha boca se abre e espera o direito ainda que profano pro mundo ser sempre mais humano...”


Me revelar - Zélia Duncan



Carne e Osso - Zélia e Paulinho Moska

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