quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Mallarmé e um brinde


Maria-sem-vergonha está sorrindo desavergonhadamente com os encontros, as visitas, as indagações, as afirmações e os desejos poéticos dos que têm freqüentado este coreto virtual. Em poucos dias, seres especiais de São Paulo, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás deixam marcas de encantamento e rebeldia, interagindo, construindo, reconstruindo enunciados e, literalmente, estão me ajudando a pintar o coreto.
E, prosseguindo com o sonho de Mallarmé, que ainda no século XIX, desejava dar forma a um livro que fosse integral, múltiplo, com páginas sem ordem fixa, como se fosse uma máquina poética, proliferando poemas inumeráveis, no qual as palavras e frase seriam impulsionadas por um movimento próprio, aglutinando-se, desfazendo-se e ressurgindo de novas combinações, publico aqui uma contribuição deixada no blog: mais um trecho de um poema do poeta e escritor francês.


“É um pequeno trecho de um soneto de Mallarmé, onde supostamente, há uma procura do absoluto na solidão, depois vou mandá-lo na íntegra. Este soneto está no livro: IGITUR ou A loucura de Ebehnon.” Sérgio - Chapada dos Guimarães

Salut

Mallarmé

“Rien, cette écume, vierges vers

a de désigner que la coupe;

telle loin se noie une troupe

de sirènes mainte à l'envers...”

Brinde

“Nada, esta espuma, virgem verso

apenas denotando a taça;

Como longe se afogam em massa

sereias em tropa ao inverso..."

4 comentários:

maria sem-vergonha disse...

QUERIDA DESCULPE NÃO TER ME APRESENTADO....MEU NOME É SERGIO...RSRSRS.
KARTOIGRES É MEU NICK,EU POSTEI O SONETO P VC...É TÃO DIFICIL ESCUTAR ALGUÉM FALAR DO MALLARMÉ,SÓ PODIA SER VOCÊ.
VOCE ESCREVE MUITO BEM ANDO ENCANTADO COM A CLAREZA DOS SEUS TEXTOS.

kartoigres disse...

"Sur les cendres des astres,celles indivises de la famille,était le pauvre personnage,couché,après avoir bu la goutte de néant qui manque à la mer."

"Sobre as cinzas dos astros,as indivisas da familia,estava o pobre personagem,deitado após haver bebido a gota de nada que falta ao mar."

kartoigres disse...

O pequeno texto acima é do Mallarmé,sobre o nada que nos prende a vida...bjs

Maria-Sem-Vergonha do Cerrado disse...

Sérgio, só podia ser você mesmo ou a Ines Motta de Natal...que presente...já editei o texto que dizia que a contribuição era da Ines....Mais tarde vou publicar mais essa contribuição deixada por vc...viva! viva!