* Kelly Garcia
Hoje, domingo de estiagem em minha cidade, a falta de umidade sacrifica o corpo...mas durante o dia o céu é profundamente azul, é incomparável (quando não tem fumaça é claro), e também a noite quando a lua é cheia...nossa! E quem é como eu, uma autêntica gata vira-lata, toda a sequidão se torna úmida nos olhos... sem falar da florida dos ipês.
São as compensações...será que essa é a palavra certa. Por que compensar..talvez para amenizar, para equilibrar, e equilibrar para viver, será que de fato esse é o sentido ...equilibrar.
Sair do lugar é um ato de equilíbrio e desequilíbrio. Equilibramos e jogamos um pé para frente, nesse momento desequilibramos, e depois voltamos a nos equilibrar e pronto, avançamos no espaço ..e se darmos sequência a esse processo, passos e mais passos começamos a caminhar, e assim surgiu a idéia, concreta e a simbólica, de caminho e a necessidade do movimento. E tudo começou com contraditória relação do equilíbrio e do desequilíbrio.
Como é simples...pensar o mecânico. E como é dificil viver essa caminhada na dimensão humana, onde nossos passos são intercalados com escolhas. Oh infernais escolhas! A vida é um eterno “ou”. A todo momento estamos diante de algo que é preciso decidir “ou isso ou aquilo”. Gostaria fosse bem maiores as chances da gente dizer “e” , e não “ou”, escolher os “es” , portanto não fazer escolhas.
E nessa sociedade capitalista ...nós pobres mortais assalariados, usamos nosso controles pessoais para ficar anotando os saldos de “ous” ..ou viajo ou pago o dentista, ou compro um computador ou conserto o carro, ou saio com amigos ou pago a prestação da geladeira...irritantes escolhas de mercado!
Dependendo do “ou” as conseqüencias são tão avassaladoras que a única coisa que conseguimos dizer é a letra da música do Arnaldo Antunes “socorro! não estou sentindo nada, nem medo, nem calor, nem fogo...nada! E pior que não sentir nada é sentir culpa...e quando pesada é capaz de deixar a vida sem qualquer sentido e alegria, porque no lugar de não sentir nada, passa se sentir um verdadeiro nada, o mais desprezível dos seres.
Companheira de toda jornada, a escolha, vem em sequência, fileiras de “ous” postas em nossa frente´. Um pensamento angustiante, passa pela cabeça: e se todas nossas racionais escolhas nos conduza por caminhos que de fato possibilitem atingir todos os objetivos traçados, mas que bem no momento em que supostamente seria o ápice, a íris dos sentidos focar a alma...e nesse instante sentirmos na boca o gosto da música do Djavan, "sabe lá o que morrer de sede em frente ao mar."
Novamente...contradição...equilíbrio... desequilíbrio...movimento. Como somos humanos isso dói.
São as compensações...será que essa é a palavra certa. Por que compensar..talvez para amenizar, para equilibrar, e equilibrar para viver, será que de fato esse é o sentido ...equilibrar.
Sair do lugar é um ato de equilíbrio e desequilíbrio. Equilibramos e jogamos um pé para frente, nesse momento desequilibramos, e depois voltamos a nos equilibrar e pronto, avançamos no espaço ..e se darmos sequência a esse processo, passos e mais passos começamos a caminhar, e assim surgiu a idéia, concreta e a simbólica, de caminho e a necessidade do movimento. E tudo começou com contraditória relação do equilíbrio e do desequilíbrio.
Como é simples...pensar o mecânico. E como é dificil viver essa caminhada na dimensão humana, onde nossos passos são intercalados com escolhas. Oh infernais escolhas! A vida é um eterno “ou”. A todo momento estamos diante de algo que é preciso decidir “ou isso ou aquilo”. Gostaria fosse bem maiores as chances da gente dizer “e” , e não “ou”, escolher os “es” , portanto não fazer escolhas.
E nessa sociedade capitalista ...nós pobres mortais assalariados, usamos nosso controles pessoais para ficar anotando os saldos de “ous” ..ou viajo ou pago o dentista, ou compro um computador ou conserto o carro, ou saio com amigos ou pago a prestação da geladeira...irritantes escolhas de mercado!
Dependendo do “ou” as conseqüencias são tão avassaladoras que a única coisa que conseguimos dizer é a letra da música do Arnaldo Antunes “socorro! não estou sentindo nada, nem medo, nem calor, nem fogo...nada! E pior que não sentir nada é sentir culpa...e quando pesada é capaz de deixar a vida sem qualquer sentido e alegria, porque no lugar de não sentir nada, passa se sentir um verdadeiro nada, o mais desprezível dos seres.
Companheira de toda jornada, a escolha, vem em sequência, fileiras de “ous” postas em nossa frente´. Um pensamento angustiante, passa pela cabeça: e se todas nossas racionais escolhas nos conduza por caminhos que de fato possibilitem atingir todos os objetivos traçados, mas que bem no momento em que supostamente seria o ápice, a íris dos sentidos focar a alma...e nesse instante sentirmos na boca o gosto da música do Djavan, "sabe lá o que morrer de sede em frente ao mar."
Novamente...contradição...equilíbrio... desequilíbrio...movimento. Como somos humanos isso dói.
kelly Garcia é advogada, militante e estilista da Maria do Povo
9 comentários:
O canto das palavras numa crónica domingueira. Que dizer, se não que...gostei?
Dar o primeiro passo é sempre uma aventura, um salto para o desconhecido, pois depois dele vem outro, e outro e mais outro, e nós nunca sabemos para onde todos estes passos vão nos levar, o fim da jornada.
E o desequilibrio faz parte do caminhar...e as emoções são maiores quando estamos desequilibrados.
Nesse momento não pensamos, mas nos aproximamos mais rápido das pessoas, à principio para equilibrar...
"nós pobres mortais assalariados"
ué, achei q a Kelly era microempresária, uma pequeno burguesa, he he
aliás, muitas vezes é melhor ser assalariado, dependendo do emprego, do que ser pequeno burguês
vcs viram q os caras q libertaram a Ingrid Betancourt tb usavam camisetas do Che, para enganar os elementos das FARC?
aquelas camisetas brancas com a estampa do Che eram by Maria do Povo?
Oi Augusto quanto tempo...hoje tô com preguiça de responder seu comentário...e no mais já cansei de me bater com você...
"en el mundo habrá un lugar para cada despertar"
...já fizemos nossas escolhas.
oi Kelly, imagino q seja vc a anonima acima
desculpe, dessa vez nao era pra ninguem bater em ninguem nao,fiz só umas perguntinhas...
e no geral gostei do texto, sério
oi Kelly, imagino q seja vc a anonima acima
desculpe, dessa vez nao era pra ninguem bater em ninguem nao,fiz só umas perguntinhas...
e no geral gostei do texto, sério
e em mulher nao se bate nem com rosas nao eh mesmo, he he, como estou romantico
"e no mais já cansei de me bater com você..."
e em mulher nao se bate nem com rosas nao eh mesmo, he he, como estou romantico
Ah a corda bamba... de vez em quando tenho que andar sobre ela e aquela brisinha que não move nem folha quase me faz cair. Saudades de ti...acabou com o orkut?? Bjks
Bom, muito bom teus posts.Ótimo teu blog.Gostei daqui
Maurizio
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