sábado, 8 de novembro de 2008

Suicídio

foto: site olhares
Diante do espelho, rasgo minha tez
Cravo no meu corpo a navalha da verdade,
Minhas vestes primeiras ganham vãos
Abismo vão se abrindo na carne

Dilacero as asas da fantasia,
Deixo despir todo meu ser das máscaras que ergui
Sufoco o grito do desespero
Quebro os saltos da minha alma que me deixaram cair.

Com os cacos da dor estraçalhados pelo chão
Corto os pulsos da insanidade,
Assassino a vida do medo,
Calo a voz da vaidade.

Entre passos e descompassos,
Completamente nua, danço valsa
O amor está escasso
A solidão não me falta.

9 comentários:

D disse...

Oi, Maria;

De quem é o poema? Teu?

Barone disse...

Também fiquei curioso sobre a autoria.

Maria-Sem-Vergonha do Cerrado disse...

HUm! O poema é da Maria Sem Vergonha

D disse...

Ahh... Parabéns, então!

Até!

Anônimo disse...

Bonito mesmo...em breve tambem vou ousar postar algumas de minhas elucubraçoes poéticas...
Mario

brigatti disse...

não consigo parar de ler
- O amor está escasso
A solidão não me falta -

C. disse...

eu estava procurando fotos da lispector e me deparei com esse blog que particularmente adorei!
adicionadíssima!

Unknown disse...

Muito forte, denso, sensível...que nem a poeta. Bjks

Anônimo disse...

Amiga encontrei o seu blog e adorei. Parabéns. Vou vim aqui sempre.rostan.zip.net.