quinta-feira, 22 de abril de 2010

O câncer não é o fim. Pode ser um novo começo.


“Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto, hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e, principalmente, viver.”
Este ensinamento do Dalai Lama é precioso e tem me ajudado a mudar a forma ocidental de ver o mundo.
Quando recebemos no dia 20 de março do ano passado o diagnóstico do câncer, o chão tremeu, a luz sumiu e um medo gigante passou a me devorar. Ali, no Hospital, parecia que não havia mais vida no horizonte. A boca seca, as lágrimas amargas, o coração batendo igual tambor...parecia que era o fim.
Grande engano. Ao mesmo tempo em que o sol sumia, uma pequena chama ia surgindo naquele labirinto escuro. Me agarrei àquele feixe de luz como uma criança se agarra à mãe com medo de perdê-la. E daquele dia em diante passei a acreditar que “o amor cura” e cura mesmo. E vou repetindo isso como um mantra tibetano.
Ao invés de fugir dessa doença que levou meu pai, avós, tios, amigos e, a partir daquele dia, poderia levar o meu amor, decidi enfrentá-la. Fui aprendendo que para combatê-la é preciso conhecê-la, desmistificá-la. Aí, ao invés do fim, tivemos a chance de viver um novo começo. E um novo começo deve ser feito com novos valores, novas lições, como esta também do Dalai Lama: "Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem do presente de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido".

Um comentário:

Canto da Boca disse...

"O amor cura"! É fato! E como ele é necessário para sarar todas as feridas. Então que as revoluções diárias, culminem nas vitórias diárias, que passaram a ser continuamente um novo começo.

E um grande beijo!