Tanto quanto o silêncio nos fala! Ô Nanci, você é uma linda, de uma generosidade desconcertante, peço a Deus que te guie e conduza sempre, para que a tua luz, essa, que brilha no escuro, como reflete o Manoel, ilumine todos aí.
Um beijo grande de carinho e desejos para um domingo muito feliz!
Gosto quando ela anda camisolando pela casa. Posso vê-la nas vitrines da casa e bem ela sabe ser vista, ciente do encanto que provoca e já aprendeu a conviver com determinadas intrusões. Gosta até, desde que não lhe arranquem as raízes e dêem-lhe de comer e beber porque é preciso satisfazê-la ao máximo e sem pressa. Veste seda fina e branca, frouxa, finíssimas alças em decomposição e um decote com gosto de manhãs de chuva. Aconchego. A essa altura confere o dia e tenta adivinhar sua decorrência, sortes e sortilégios. O primeiro gole é levado aos lábios brincantes, a essência viaja para a essência - líquida. Percebo amá-la diariamente e inédita. A despeito de anterioridades, um gesto me adormece a razão e acorda a carne amassada pelas dobras do velho colchão. Não se trata de inalcançável, mas de um novo espectro com seus milhões de ângulos possíveis. O amor não cansa para quem sabe o inaugural das auroras e não lamenta as velhas cascas deixadas pelo caminho. Amar em nada depende de dois ou mais, se nasce ou não com o sentimento em si. A troca deve-se somente aos hálitos e halos que se encontram. Ainda me resta alguns minutos para contemplá-la em cenho frisado e seios empinados pelo vento. Os mamilos enrugam e se perfilam a postos buscando liberdade como buganvílias desviando combogós e pergolados por um lugar ao sol. Ela é frondosa como uma espatódia e suas flores arrogantes e aprumadas. Seus cabelos ralos, cor de coca e seus feitios assemelham-se ao invólucro original. Por isso ela lambe a própria boca. Sede de si mesma. Autofagia ou provocação aprendida aos quinze? Não importa. Maria-sem-vergonha não carece de julgamentos. (aluisiomartinns)
2 comentários:
Tanto quanto o silêncio nos fala!
Ô Nanci, você é uma linda, de uma generosidade desconcertante, peço a Deus que te guie e conduza sempre, para que a tua luz, essa, que brilha no escuro, como reflete o Manoel, ilumine todos aí.
Um beijo grande de carinho e desejos para um domingo muito feliz!
Gosto quando ela anda camisolando pela casa. Posso vê-la nas vitrines da casa e bem ela sabe ser vista, ciente do encanto que provoca e já aprendeu a conviver com determinadas intrusões. Gosta até, desde que não lhe arranquem as raízes e dêem-lhe de comer e beber porque é preciso satisfazê-la ao máximo e sem pressa. Veste seda fina e branca, frouxa, finíssimas alças em decomposição e um decote com gosto de manhãs de chuva. Aconchego. A essa altura confere o dia e tenta adivinhar sua decorrência, sortes e sortilégios. O primeiro gole é levado aos lábios brincantes, a essência viaja para a essência - líquida. Percebo amá-la diariamente e inédita. A despeito de anterioridades, um gesto me adormece a razão e acorda a carne amassada pelas dobras do velho colchão. Não se trata de inalcançável, mas de um novo espectro com seus milhões de ângulos possíveis. O amor não cansa para quem sabe o inaugural das auroras e não lamenta as velhas cascas deixadas pelo caminho. Amar em nada depende de dois ou mais, se nasce ou não com o sentimento em si. A troca deve-se somente aos hálitos e halos que se encontram. Ainda me resta alguns minutos para contemplá-la em cenho frisado e seios empinados pelo vento. Os mamilos enrugam e se perfilam a postos buscando liberdade como buganvílias desviando combogós e pergolados por um lugar ao sol. Ela é frondosa como uma espatódia e suas flores arrogantes e aprumadas. Seus cabelos ralos, cor de coca e seus feitios assemelham-se ao invólucro original. Por isso ela lambe a própria boca. Sede de si mesma. Autofagia ou provocação aprendida aos quinze? Não importa. Maria-sem-vergonha não carece de julgamentos. (aluisiomartinns)
parabéns pelo lindo canto...
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